Alê esteve à frente da Secretaria entre janeiro de 2019 a abril de 2020 e entre janeiro e agosto de 2021, à convite do então Prefeito Bruno Covas, que de forma surpreendente - o chamou para comandar a política cultural da maior cidade do Brasil com liberdade de atuação e posicionamento político independente.
Sua gestão foi marcada por um contundente contraponto ao governo do Presidente Jair Bolsonaro no período, e representou importante foco de resistência cultural e democrática.
Criou o programa São Paulo Capital da Cultura que estabeleceu diversos projetos para Culturas Periféricas, Formação Cultural, Programação, Comunicação, Difusão, Pertencimento dos Espaços Culturais, Memória, Fomento, incentivo e Economia Criativa.
Implantou o Calendário Cultural Integrado Público/Privado que gerou o maior carnaval de rua da história da cidade (15 milhões de pessoas, 800 blocos e 3 bilhões de giro na economia), a maior edição da Virada Cultural de São Paulo (5 milhões de pessoas l, 1.200 atracões em 279 palcos, e 400 milhões de giro econômico), o Festival Verão Sem Censura - que denunciou e combateu a paralisia e criminalização da arte e do artista no Brasil, a Jornada do Patrimônio - vendedora do Prêmio APCA em 2019, a democratização do Theatro Municipal de São Paulo, com renovação em mais de 50% do seu público anual e promoção de eventos especiais como o show Amarelo de Emicida no contexto do Mês da Consciência Negra, além do Festival Mario de Andrade de Literatura que contou com evento marcante com Fernanda Montenegro no Theatro e Feira de Livros ocupando as ruas do centro da cidade.
O período representou também uma revolução no audiovisual com valorização da SPCine e estruturação da SP Filme Comission. Centenas de produções nacionais é interessante filmaram na cidade.
O MAR - Museu de Arte de Rua - foi a maior política pública de suporte à arte urbana já realizada no Brasil, e mudou a paisagem da cidade com centenas de murais, painéis e intervenções artísticas e teve reconhecimento internacional, especialmente a matéria de capa no jornal The New York Times.
Outros destaques foram a democratização do Programa de Incentivo Cultural Municipal, o PROMAC, que passou a cruzar incentivo com território e, com isso, deu acesso a projetos realizados nas periferias à maior parte dos recursos incentivados. Uma potente política de fomento cultural, destravou pendências históricas de diversas linguagens artísticas e consolidou linhas de fomento transversais, como a maior edição do Fomento à Culturas Periféricas, e os inéditos Fomentos à Culturas Negras, Ocupações Culturais e blocos de Carnaval.
Foi na gestão do Alê que a Secretaria criou o programa Memória Paulista que espalhou as famosas placas azuis por toda cidade, reformou de mais de 40 espaços culturais nas periferias, concluiu obra da Vila Itororó, criou a da Galeria do DJ, o Centro Cultural da Diversidade e inaugurou novas estatuas de personalidades negras - como Tebas, Madrinha Eunice, Geraldo Filme, Itamar Assumpção e Adhemar Ferreira da Silva.
O período teve recorde de público nas Casas de Cultura, nos Centros Culturais e teatros municipais e também foi marcado pelo ingresso de São Paulo no World Cities Cultural Forum, o que posicionou a cidade como uma uma das capitais mundiais da Cultura.
Alê conseguiu reunir um verdadeiro "dream team" para esse importante processo de resistência cultural. Joselia Aguiar, Lais Bodansky, Erika Palomino, Carlota Mingola, Hugo Possolo, Xis, Claudia Assef, Ingrid Soares, Maria Emília Nascimento, Mancha Leonel, Pedro Granato e Andre Fischer foram alguns dos nomes que participaram da sua equipe nas mais diversas áreas da Secretaria de Cultura de São Paulo.
Com a morte precoce do Prefeito Bruno Covas, Alê pediu demissão.
Secretario de Cultura da Cidade de São Paulo
Coordenador de Juventude da Cidade de São Paulo
Exerceu o cargo entre janeiro de 2001 e dezembro de 2004, durante toda a gestão da Prefeita Marta Suplicy. Dentre suas principais realizações e projetos estão os festivais Agosto Negro de Hip Hop, Lov.e por São Paulo de Musica Eletrônica, Rock Cidadania, São Paulo Samba Novo, a Semana Jovem, o apoio à Parada LGBT e às Paradas de Musica Eletrônica e a coordenação dos Festejos dos 450 anos de São Paulo, incluindo a gigantesca Parada na Av. 23 de Maio. O projeto de arte urbana São Paulo Capital Grafitti e a construção de 64 pistas de skate foram fundamentais para a consolidação dessas expressões urbanas hoje tão vinculadas com a identidade da cidade. Um dos maiores legados do seu trabalho foi a estruturação do Mapa da Juventude, amplo processo de mapeamento e identificação de grupos e de comportamento juvenil, que abriu espaço para pautas públicas vinculadas ao comportamento e à cultura jovem.

Com Betinho, na época de militância na Ação da Cidadania.